Veritas supra fidem est,

A Ordem da Clemência (Ordo Clementiae) foi fundada no século IV após a morte de São Jorge, quando monges e soldados cristãos começaram a relatar visões e encontros com criaturas ditas como “infernais”, consolidando-se durante as Cruzadas e sobrevivendo à secularização do mundo. Desde então, essa sociedade tem treinado devotos para combater criaturas sombrias que caminham entre os vivos e, hoje, opera nas sombras, usando mosteiros, igrejas, escolas católicas ou até mesmo museus religiosos como disfarce.Embora tenha nascido no berço do catolicismo, a Ordem rompeu com a Igreja de Roma entre os séculos XVII e XVIII, depois de uma série de incidentes em que o Vaticano omitiu ou mascarou verdades sobrenaturais. Por isso, a fachada religiosa serve apenas como estratégia de sobrevivência, usada para manter a Ordem invisível à sociedade e o acesso a energias que a Ordem acredita serem essenciais para suas atividades.Politicamente, ainda é reconhecida pelo Vaticano e sua coexistência pacífica só é possível por uma série de acordos implementados há muitos anos.
 

    // O LEMA DA ORDEM É:         A Verdade está acima da Fé, mas a Verdade não existe sem ela.
 

    // A ORDEM REJEITA:        

  • O dogma cristão como estilo de vida.

  • A ideia de que o Céu e o Inferno são planos absolutos que definem a moral.

  • O cristianismo como razão absoluta, pois entende as atividades paranormais como uma cadeia complexa de poderes e energias diversificadas independente de uma única crença.

 
    // A ORDEM ACREDITA:        

  • Nas entidades malignas como insurgências metafísicas, ecos de pecados coletivos, manifestações e energias ruins ou envenenamento do espírito.

  • Nos chamados “milagres” como manifestações energéticas amplificadas pela fé ou manifestações paranormais de poderes externos, não necessariamente uma dádiva de Deus (mas podem ser uma).

  • Nos santos, em muitos casos, como místicos torturados, paranormais, ou vítimas de contato com o oculto que a Igreja canonizou para controlar sua influência sobre o povo e valorizar seus fiéis.

 
A Ordem não usa feitiçaria ou bruxaria, mas sim reliquiae, que são fragmentos sagrados e sobrenaturais da história, garantindo poder para lutar contra entidades malignas.
Podem ser usados itens como ossos, sangue, sinos exorcistas, rosários, armas com energia sobrenatural, etc. Cada item é carregado com energia que só pode ser ativada por quem está em comunhão espiritual. Ou seja, pessoas que não se conectam ao plano espiritual (pessoas sem fé) não são capazes de utilizar relíquias, nem de sentir a presença de energias sobrenaturais.Após séculos de observação, a Ordem entendeu que a energia paranormal desses itens está intrinsecamente atrelada a intensos sentimentos da alma, como a força de vontade, a bondade ou o peso de um grande sofrimento. É por isso que sempre preferem usar relíquias de um mártir.O mundo tem apenas uma vaga ideia sobre os males que o assolam e não sabe da existência dessas batalhas, mas os Cavaleiros da Clemência sabem:   o mal é real e a fé pode ser uma arma.  
 

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sed sine ipsa veritas non est.

No passado, os cavaleiros da Ordem eram entendidos apenas como devotos que, sensíveis ao plano espiritual, só podiam manejar reliquiae para combater o mal por meio de sua conduta na Igreja. Porém, com o tempo, a Ordem observou que aqueles ditos como “santos” não eram os únicos a realizar “milagres” e que a procedência de muitos grandes feitos não era apenas uma resposta a uma oração. Na realidade, a maioria possuía um histórico de eventos paranormais desde o nascimento, sendo perseguidos ou manipulados pela Igreja, que mascarava seus dons com a conversão à fé ou o julgamento de loucura, sempre que eram notados.Essa descoberta levou ao rompimento com a Igreja, e a Ordem passou a identificar e recrutar indivíduos com histórico paranormal independente de suas condutas. Ao rejeitarem a doutrina, foram acusados de heresia, passando por um processo de independência.Atualmente, a Ordem categoriza seus cavaleiros como ungidos (cavaleiros portadores de dons) e intercessores (cavaleiros desprovidos de dons).

Os ungidos geralmente possuem um dom (poder espiritual ou físico) e um estigma (uma fraqueza ou provação pessoal que se manifesta com o dom), e, por vezes, podem executar o que chamam de milagre: um nível imprevisível de poder, muitas vezes acompanhado de intensidade emocional e espiritual.
 

    // EXEMPLO:        

  • Dom: Enxergar através de ilusões mentais, mesmo quando bem construídas, perceber a influência de infernalis mesmo quando sutil, e localizá-los em locais contaminados, e detectar quando alguém está mentindo, assim como suas verdadeiras intenções.

  • Estigma: Incapacidade de mentir, tornando-se vulnerável socialmente quando a mentira se torna uma necessidade. É preciso esforço contínuo para conseguir omitir e contornar verdades. Além disso, enxergar as intenções ocultas dos outros pode gerar desconfiança constante e paranoia, afetando relações.

 
Os intercessores utilizam apenas reliquiae, usufruindo do poder delas temporariamente, canalizando o dom do morto e também seu fardo. As consequências do uso de reliquiae podem ser fatais, pois há uma série de imprevisibilidades que podem ocorrer, como não resistir a um estigma e acabar amaldiçoado, louco, ou morto pela força do poder. Por tal razão, os intercessores fazem um voto de aceitação da própria morte sempre que se batizam.
 

FORMS

  • NOME:

  • TÍTULO/NOME SACRAMENTAL: ᅟa escolha de um novo nome é uma tradição que indica a desconexão do mundo exterior e a dedicação à Ordem, como os Papas fazem, e frequentemente são escolhidos para homenagear figuras importantes, podendo estar de acordo com as ideias e legados que o cavaleiro quer seguir.

  • CATEGORIA: ᅟᅟ(ᅟ) UNGIDO ᅟᅟᅟ(ᅟ) INTERCESSOR

  • IDADE (+20):

  • DOM & ESTIGMA: ᅟnão há uma restrição ou definição específica para os dons, faremos a avaliação dele durante a avaliação da ficha. Pedimos coerência com o plot e bom senso, no entanto. * Se você escolheu ser intercessor, pode preencher aqui normalmente com o dom e o estigma que seu personagem vai canalizar de uma relíquia.

  • FACECLAIM: ᅟa ordem não se limita a uma única nação. Os faceclaims podem e devem ser diversos.

  • BACKGROUND: ᅟpedimos atenção e bom senso, não aceitaremos qualquer história, muito menos que envolvam abuso sexual e outros temas do tipo.

  • ARMAS DE ESCOLHA (TOTAL DE 2):

SCENARIO

    // MOSTEIRO DE SANTA AURORA         Localizado na toscana, Itália, o mosteiro é isolado nas colinas da região de Arezzo e é uma das bases bases de operação principais da Ordem. Nele, os neófitos (iniciados em treinamento) vivem e dedicam seu tempo para as responsabilidades da ordo clementiae, diferente de outros polos da sociedade onde alguns cavaleiros têm responsabilidades menores, menos tempo em campo e conciliam atividades cotidianas com missões.O mosteiro de santa aurora serve para acomodar aqueles que estão em serviço integral, geralmente por terem se destacado em algum aspecto.Sua arquitetura mistura elementos românicos robustos com discretas intervenções modernas. A fachada é feita de pedra calcária, coberta por trepadeiras e musgo. As torres são baixas, com sinos, e os vitrais antigos contam histórias de santos e mártires desconhecidos para o mundo (cavaleiros da clemência que foram canonizados pela própria ordem). Por dentro é como um mosteiro comum, exceto que as aulas catecumênicas servem para ensinar a prática de exorcismos, banimentos, aniquilação e aprisionamento de infernalis.

INFERNALIS

As Infernalis são entidades paranormais que cruzam os limites da realidade espiritual conhecida. Algumas foram registradas como manifestações de pecados, traumas ou lendas. Outras, no entanto, parecem não pertencer a nenhum plano reconhecido pelas religiões ao redor do mundo. Enquanto as mais básicas vão de fantasmas à anjos caídos. Elas são vazamentos, falhas no tecido espiritual do mundo.A Ordem, como um todo, acredita que muitos desses seres são oriundos de dimensões sobrepostas ou anti-planos dos quais só temos ecos distorcidos nas escrituras ou nos delírios de santos atormentados, mas alguns cavaleiros podem divergir de opinião. Os mais tradicionais ainda seguem a fé católica e os encaram como demônios, enquanto os mais jovens tendem a expandir sua percepção para criaturas extraterrestres/dimensionais.    // EXTERMÍNIO         Matar um infernali não é fácil e muitas vezes pode ser impossível. Por isso, os métodos utilizados são diversos, envolvendo o uso de reliquiae para criar prisões após exorcismos ou para mutilar, afastar, machucar e debilitar criaturas. Os dons podem causar mais dano, por isso são mais utilizados como ferramenta no processo de extermínio.    // RISCOS         Os danos causados por ataques de um infernali também podem ser bastante imprevisíveis, embora exista boas proteções contra riscos padrão catalogados pela ordem. Eles vão de doenças (por contato com entidades de pestilência) a maldições, ferimentos comuns, possessões, etc. Tudo depende da classe do monstro.